Leishmaniose Visceral

Para os proprietários:

1. O que é Leishmaniose Visceral?

A Leishmaniose Visceral é uma doença grave e fatal, tanto para o cão, quanto para o homem. É causada pela Leishmania, um protozoário flagelado, presente em grande parte do mundo.
A Leishmaniose Visceral é reconhecida, atualmente, como uma das mais importantes zoonoses (doenças transmitidas dos animais para os seres humanos) pela Organização Mundial de Saúde (OMS), sendo o cão, o principal reservatório de infecção para o homem.
A doença constitui-se em sério problema de saúde pública e vem se intensificando nos centros urbanos.

2. Qual a prevalência da Leishmaniose Visceral?

A Leishmaniose Visceral, hoje, ameaça cerca de 350 milhões de homens, mulheres e crianças em 88 países do mundo. Segundo a OMS, são notificados, anualmente, 500 mil novos casos.
No Brasil, ocorrem surtos de Leishmaniose com uma freqüência significativa. A doença está distribuída em 22 dos 27 estados do país, atingindo quatro das cinco regiões brasileiras.
O Ministério da Saúde informa a ocorrência de 2 a 3 mil casos de Leishmaniose Visceral por ano. Estima-se que, para cada caso humano, há uma média de 200 cães infectados.
Pergunte ao seu Médico Veterinário qual é a prevalência da Leishmaniose Visceral em sua região.

3. Como o meu cão pode se infectar com a Leishmaniose Visceral Canina?

A Leishmaniose é transmitida ao cão pela picada de um mosquito do tipo flebotomíneo (mosquito palha, birigui ou cangalhinha), infectado com o protozoário. Diferente de outros mosquitos, o birigui não necessita de água parada para o desenvolvimento de suas formas larvárias, dificultando o seu controle e, conseqüentemente, favorecendo a transmissão da doença.
Após a picada, o protozoário atinge a circulação sanguínea do cão e invade as células, iniciando sua replicação.
A partir do momento em que o cão possui a Leishmania em sua corrente sanguínea, passa a ser fonte de infecção para os mosquitos, que por sua vez, podem contaminar outros cães e os seres humanos.

4. Quais os sintomas que um cão com Leishmaniose Visceral Canina pode apresentar?

Os sintomas são bastante variáveis. São comumente observadas lesões de pele, acompanhadas de descamações e, às vezes, úlceras, além de depressão, apetite diminuído e perda de peso. Alguns cães apresentam um crescimento exagerado das unhas e também dificuldade de locomoção. Em um estágio mais avançado, há o comprometimento do fígado, baço e rins, podendo levar o animal à morte.
Devido à variedade e à falta de sintomas específicos, o Médico Veterinário é o único profissional habilitado a fazer um diagnóstico preciso.

5. Como a Leishmaniose Visceral Canina pode ser prevenida?

O combate ao mosquito, com o uso de inseticidas no ambiente e de repelentes nos cães, associado às práticas de educação da população em relação à posse responsável e controle da natalidade canina, identificação rápida e controle dos reservatórios e emprego de medidas de saneamento básico eram, até então, as únicas medidas de controle da enfermidade. Atualmente, entretanto, já existe uma vacina disponível que protege os cães, evitando o desenvolvimento da doença.
Desta forma, a vacinação é particularmente importante nos animais que vivem em áreas de grande incidência da doença que, durante o programa vacinal, deve ser associada às demais medidas de controle da leishmaniose.

6. Como foi desenvolvida a Vacina Leishmune?

A vacina Leishmune foi desenvolvida pela equipe da Profa. Dra Clarisa B. Palatnik de Sousa, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). O desenvolvimento da vacina conta com 23 anos de pesquisa, sendo os últimos 5 anos realizados em parceria entre a UFRJ e a Fort Dodge, líder mundial em vacinas para cães e gatos produzidas com tecnologia de ponta, que permitira à empresa lançar produtos únicos e inovadores como: GiardiaVax, a primeira vacina mundial contra a Giardíase canina, e West Nile Innovator, a primeira vacina mundial contra o vírus do oeste do Nilo (que vem matando pessoas e cavalos nos EUA e outras partes do mundo); entre outros (retirar “entre outros”). Esta parceria resultou no aprimoramento do produto e no seu desenvolvimento em escala industrial.

7. Qual a proteção conferida pela Leishmune?

Inúmeros estudos realizados em áreas de grande incidência da doença demonstraram que a vacina confere proteção de 92 a 95%. Ou seja, de cada 100 cães vacinados, 5 a 8 animais não irão desenvolver resposta imunológica adequada, permanecendo, assim, suscetíveis à doença.
Como toda vacina, a resposta adequada e conseqüente proteção do animal, é diretamente relacionada à competência imunológica individual.

8. Qual o programa de vacinação preconizado para a Leishmune?

O programa indicado é o uso da vacina em cães sadios e soronegativos para Leishmaniose Visceral Canina, a partir dos 4 meses de idade. O protocolo completo de vacinação é composto por 3 doses, respeitando um intervalo de 21 dias entre as aplicações. A revacinação deverá ser feita 1 ano após a primeira dose e repetida anualmente, proporcionando a manutenção da resposta imune.
O cão só é considerado protegido 21 dias após a terceira dose de Leishmune. Portanto, é possível o cão infectar-se durante o programa de vacinação e até mesmo alguns dias após a 3a dose, caso seja picado por um mosquito infectado. Neste caso, a vacinação não impede o desenvolvimento da doença, nem o aparecimento dos sintomas.

9. Posso vacinar um cão com teste positivo para a Leishmaniose Visceral Canina?

Não. Segundo as indicações de bula, a vacina deve ser usada somente para a prevenção da Leishmaniose Visceral Canina e não como tratamento. Por isso, é necessária a realização do teste sorológico previamente à vacinação, para que apenas cães sadios e livres da infecção sejam vacinados.

10. O que o cão pode apresentar depois da aplicação da vacina?

Cerca de 25% dos cães podem responder à vacinação demonstrando dor e/ou inflamação transitória no local da aplicação, que geralmente regridem em poucos dias. Os animais vacinados também podem apresentar depressão e falta de apetite, durante alguns dias após a vacinação.
Em estudos realizados, pôde ser observado que raças de pequeno porte são geralmente mais sensíveis à dor no local da aplicação.

11. A vacina Leishmune pode provocar a Leishmaniose?

Não, uma vez que além de se tratar de um produto inativado, a vacina é composta apenas por uma subunidade da Leishmania.
Na verdade, trata-se de uma vacina produzida com tecnologia especial, que emprega apenas uma das estruturas do protozoário, capaz de induzir uma resposta imunológica eficaz e duradoura.

12. Para que serve o Atestado de Vacinação da Leishmune?

O atestado é um registro do programa completo de vacinação de cada cão.
Nele, constam todas as informações referentes a:
Exame de diagnóstico prévio;
Datas das vacinações;
Comum acordo do Médico Veterinário e do proprietário em relação ao esquema de vacinação;
Este atestado é composto por 2 vias: uma ficará com o Médico Veterinário e a outra com o proprietário do cão.
É importante lembrar que o cão vacinado desenvolve anticorpos protetores contra Leishmaniose, tornando-se soropositivo. O Manual de Vigilância e Controle da Leishmaniose Visceral do Ministério da Saúde prevê que, em inquéritos epidemiológicos, os cães soropositivos para Leishmaniose Visceral Canina devem ser sacrificados. Os inquéritos epidemiológicos são realizados de acordo com as normas municipais.

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Alimentação

Alimentação

Para falarmos de alimentação, o primeiro passo é saber e entender quais tipos de alimentos existe no mercado.

As rações são divididas e 3 grupos básicos:
Standard: São rações mais baratas que utilizam subprodutos de milho e soja, farinha de carne e ossos, glúten e gordura animal.

A maioria das rações standard são muito palatáveis, ou seja, possuem um gosto muito agradável para os animais. Estas rações também são menos digestíveis e possuem uma qualidade inferior. E por isso o animal acaba comendo muita quantidade para suprir suas necessidades nutricionais, e assim o volume e odor de fezes também é grande. Podem ser encontradas em supermercados, agropecuárias e pet-shops.

 

Ração Standard

Premium: São rações um pouco mais caras pelo fato de não utilizarem subprodutos e sim produtos de 1a. qualidade como carne de frango, ovelha e peru.

São altamente digestíveis e palatáveis. O animal come bem menos do que uma standard para se satisfazer. Comendo menos quantidade, o odor e volume das fezes diminuem.

Ração Premium

Super Premium: São as rações mais caras do mercado. Além de utilizarem produtos de primeira qualidade, como as rações premium, há uma maior quantidade de proteína digestível o que melhora o sabor e a qualidade do alimento.

Apesar de serem mais caras, as rações premium e super premium, reduzem o volume de alimento ingerido pelo animal, uma vez que uma pequena quantidade já é o suficiente para satisfaze-lo. Com isso, o problema do preço é amenizado.

Tanto as rações premium com super premium são encontradas em pet-shops e agropecuárias e dificilmente serão encontradas em supermercados.

Esse tipo de ração também é completo e balanceado especificamente.

Fornecendo uma ração de boa qualidade para seu cão, não precisa se preocupar com sua saúde nutricional.

Ração Super Premium

Com relação a quantidade e freqüência da alimentação para seu pet, também dividimos em grupos de acordo com a idade ou período em que o animal se encontra.

Chow Chow Filhote

Filhotes: oferecer o alimento parcelado em três vezes durante o dia.

Atentando para que coma a quantidade especificada na embalagem da ração (de acordo com peso, raça e idade).

Deixar a ração á vontade tem alguns inconvenientes, como por exemplo inapetência, e um problema bem sério que muitas vezes passa por desapercebido, que é a umidade. Isso acontece muito no caso de deixarmos o comedouro cheio de ração, o filhotinho ou o adulto beberem água, e logo após irem se alimentar, daí parte o problema, a ração será molhada e dependendo da quantidade que tiver no comedouro durará muitas horas, ou até mesmo um dia inteiro, o que implica no crescimento de fungos na mesma.

Esses fungos aprecem rapidamente, e mesmo que não vistos a olho nu(bolor), podem causar desarranjos intestinais, e até infecções.

Chow Chow Adulto

Adultos: Um cão adulto não tem o metabolismo tão rápido quanto de um filhotinho, por isso podemos parcelar a alimentação em duas vezes diárias, ou até mesmo oferecer a quantidade total, em uma única vez.

 

 

Chow Chow Lactante

Cadelas prenhes e Lactentes: Deixar alimentação á vontade, mas sempre ficando atento a umidade que foi citada acima. Uma dica é colocar menor quantidade de ração no pote, para que se houver o caso de desprezá-la, o disperdicio, não será tão grande.

Suplementos vitamínicos também são importantes, mas tudo nas devidas dosagens e sempre acompanhado por um profissional da área.

Petiscos, ossinhos, snacks, e outras guloseimas deverão ser oferecidas como agrado ou recompensa, e nunca como substituição da alimentação.

Água sempre à vontade, limpa e fresca, recomenda-se que nos dias mais quentes acrescentem-se pedras de gelo, durante o dia todo.

Como trocar a ração?

Toda mudança é sentida, e para o animal isso não acontece de maneira diferente. Para que ela não interfira em seus hábitos e em sua saúde, é importante que essa mudança seja feita gradualmente para previnir distúrbios gastrointestinais decorrentes da mudança de nutrientes.

Assim, misture a ração nova aos poucos com a ração que o animal já está acostumado, e vá aumentando a quantidade da nova. A substituição total deve ocorrer em 4 dias. Agora seu animal continuará saudável e se alimentando de maneira correta.

Posso dar restos de comida para o meu cachorro?

Alimentar seu animal com resto de comida humana além de ser uma das principais causas da obesidade pode causar sérios problemas de saúde como pancreatite, distúrbios gastrointestinais e ainda comprometer a saúde bucal de seu animal.

Após as refeições é comum que algumas pessoas deem o resto de comida para seu cão, e geralmente os ossos são seus favoritos. Isso é altamente prejudicial à sua saúde, pois os ossos, principalmente os do boi, podem transmitir doenças, além de conterem muitos minerais que dados em excesso podem acarretar um sério desequilíbrio alimentar. Ossos de galinha e porco podem perfurar a boca e o seu aparelho digestivo.

Ossinhos feito de couro ideais para entreter os cães

Para entretê-lo, o ideal é dar ossos feitos de couro bovino cru e mastigável, pois ao mastigá-los o cão irá transformar o couro em pequenos pedaços antes de engoli-lo, o que raramente irá acarretar algum tipo de problema. Outra opção são os ossos feitos de nylon atóxicos.

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Doenças

Bom, um cachorro saudável é algo importante para todos os proprietários. Todos os pet proprietários querem garantir seu cão feliz e tenha uma vida longa e livre de doenças. As doenças caninas ou são hereditárias ou congênitas ou adquirido através de ferimentos ou condições ambientais. Este artigo é sobre doenças herdadas cão e destina-se a ajudá-lo a compreender alguns dos transtornos comuns da saúde canina.

A maioria dos criadores gastam muito tempo e recursos tentando se livrar de doenças genéticas em suas linhas. No entanto, alguns criadores amadores são produtores de cães em fundo de quintal não visando a importância de certos exames e estudos antes de um cruzamento, visando assim evitar a propagação de certas doenças.

Entrópio

Esta má-formação manisfestase por uma inversão para dentro do bordo palpebral. Pode afetar tanto a pálpebra superior como a inferior. As pestanas ou os pêlos (a pálpebra inferior do cão não tem pestanas) em contato permanente com a córnea, irritam-na, provocando um lacrimejar constante.

Três origens

O entrópio pode ser congênito, reflexo ou adquirido.

O entrópio congênito encontra-se em numerosas raças, em particular no Chow Chow, Shar Pei, Braco Alemão, Cocker inglês e americano, Bulldogue e Labrador, entre outras. Tendo em vista o caráter racial bem marcado desta doença, atribui-se uma origem possivelmente genética.

O entrópio reflexo, também chamado espástico, é conseqüência de uma violenta dor ocular que provoca um blefaroespasmo, isto é, uma contração do músculo orbicular das pálpebras, causador do fechamento do olho. Pode ser devido a uma úlcera da córnea, à presença de um corpo estranho no olho, a uma queratite ou a uma conjuntivite crônica.

O entrópio adquirido, mais raro, costuma ser conseqüência de uma cirurgia palpebral mal feita ou o prolongamento de um entrópio reflexo que se tornou irreversível.

Sintomas

Fáceis de descrever, separam-se da seguinte maneira:

  • epífor ou lacrimejamento;
  • blefaroespasmo (contração das pálpebras);
  • inversão do bordo palpebral;
  • todas as conseqüências ao nível da conjuntiva e da córnea, ligadas à irritação, como a queratite, conjuntivite, vemelhidão.

Em qualquer caso, o diagnóstico diferencial do entrópio reflexo torna-se difícil de estabelecer. Na verdade, é sempre delicado determinar o processo primitivo que deu origem ao entrópio: lesões conjuntivas ou corneanas ou então inversão da pálpebra, podendo as primeiras serem conseqüências da segunda e vice-versa. Assim, torna-se difícil tomar a decisão de operar ou não.

O entrópio somente pode ser corrigido pela cirurgia. Todas as técnicas conhecidas têm, por objetivo, corrigir a inversão do bordo palpebral a fim de evitar traumatismos causados à conjuntiva e à córnea pelas pestanas e pêlos.

Método Suave

Aplicado, especialmente, aos cães jovens, pois pode-se esperar que o esticamento da pele melhore durante o crescimento e desapareça a anomalia. É o que ocorre, principalmente, ao Shar Pei, cujas pregas diminuem na idade adulta. Neste caso, procede-se à aplicação de pontos de sutura intrapalpebrais, para manter o bordo da pálpebra distante da córnea. Esta intervenção costuma ser praticada com anestesia local.

Método Forte

Consiste em recortar pedaços ne pele e depois esticar a pálpebra com vários pontos de sutura para colocá-la de novo em seu lugar. Realizada, necessariamente, com anestesia geral, esta delicada operação exige um instrumental de pequenas proporções. Nos casos graves, torna-se indispensável fazer várias correções cirúrgicas sucessivas que necessitm de outras intervenções.

Se tudo correr bem, ao final de mais ou menos 2 semanas, verifica-se a regressão total dos sintomas. Durante a fase de cicatrização, coloca-se no cão um colar de proteção para evitar que se machuque ao se coçar.

A necessidade  de se recorrer a esta técnica depende de fatores tão diferentes como a raça e a gravidade e a posição da anomalia da pálpebra.

Entropion

Ectrópio

É a má-formação inversa do entrópio. O bordo palpebral, virado para o exterior, deixa de proteger a conjuntiva. O ectrópio afeta apenas a pálpebra inferior. Pode ser congênito ou adquirido.

O ectrópio congênito observa-se principalmente em cães de pele mole, como o São Bernardo, Cocker e o Mastim Napolitano. Além do característico olho triste, os sintomas clínicos são um lacrimejar unido ao fato de a pálpebra inferior não chegar a reter a película lacrimal e a vermelhidão da conjuntiva permanentemente exposta às agressões do meio exterior.

O ectrópio adquirido é conseqüência de uma cicatriz que repuxa sobre a pálpebra inferior, quer seja devido a um traumatismo, quer por causa de uma sobrecorreção numa intervenção cirúrgica de entrópio.

Tratamento

Diamante

A intervenção cirúrgica só se impõe realmente em caso de doença grave. A maioria dos animais acostuma-se a viver com um ectrópio leve. A operação, realizada com anestesia, consiste em elevar a pálpebra inferior por diversos processos. As suturas de pequeno tamanho, frágeis, devem ficar protegidas durante o tempo de cicatrização. Nos casos complicados, podem coexistir entrópio e ectrópio, em particular no São Bernardo e no Dogue Alemão: é o que se chama de ‘olho de diamante’, cuja correção cirúrgica se torna particularmente difícil.

Displasia do cotovelo (DC)

Displasia do cotovelo (DC)

É uma doença hereditária em que as articulações do cotovelo à frente pernas são incorretas. Ela  normalmente faz a sua aparição em torno de 7 a 10 meses de idade e é tratada com anti-inflamatórios e também cirurgia. Todas as raças são suscetíveis à doença, mas é mais comum em raças grandes masculino. 

Displasia Coxofemoral (DCF)

A displasia coxofemoral (DCF) consiste numa deformação nas articulações coxofemorais impossibilitando o correto encaixe da cabeça femoral no acetábulo (ligação entre a bacia e os membros traseiros).

Incide sobre todas as raças, mas principalmente em raças grandes e naquelas de crescimento rápido, atingindo machos e fêmeas com igual freqüência, podendo comprometer uma ou ambas articulações (normalmente atinge as duas).

Transmitida de forma hereditária, a displasia é uma doença de caráter recessivo e poligênico (determinado por mais de um par de genes) fortemente influenciada por fatores de manejo e do meio  ambiente, tais como, piso liso e escorregadio, postura do filhote ao amamentar-se, peso do animal, hiperalimentação (ingestão excessiva de cálcio durante o desenvolvimento), crescimento rápido, etc.

A displasia provoca muitas dores no animal quando esse se locomove, além de proporcionar um andar imperfeito, afetando a resistência do animal.

A raça também vai influenciar o modo que a displasia se desenvolve, pois existe uma disparidade entre a massa muscular primária e o crescimento esquelético desproporcionalmente rápido, resultando em uma instabilidade articular, a qual por sua vez, levará a uma frouxidão articular, podendo ocorrer arrasamento da cavidade acetabular e subluxação. Nessa etapa, o animal ainda pode não apresentar uma claudicação (“manqueira”) ou rigidez evidente. Alguns animais jovens podem apresentar uma claudicação aguda após exercícios ou caminhadas, enquanto outros apresentam uma repentina redução das atividades e o aparecimento de uma sensibilidade nos membros pélvicos. Ocorrem alterações ósseas que desaparecem com a maturidade esquelética, e é onde encontramos animais assintomáticos, ou seja, isentos de dor significativa.

Os sintomas aparecem a partir dos quatro/seis meses e se baseia não apenas na dor, mas na claudicação, dificuldade de locomoção, atrofia muscular, mobilidade alterada (excessiva ou diminuída) dependendo da fase (aguda e crônica respectivamente) e, finalmente, crepitação ao exame clínico da articulação.

Displasia Coxofemoral (DCF)

Os cães que apresentam uma idade mais avançada acabam se encaixando num quadro clínico diferente, onde as pequenas alterações, aparentemente assintomáticas, evoluíram para uma doença articular degenerativa crônica, e o animal manifesta a sua dor se levantando com dificuldade, evitando caminhar e brincar, tornando-se triste, com seu humor e temperamento alterados.

O diagnóstico da DCF é realizado através de uma radiografia das articulações coxofemorais com os membros em total extensão, paralelos entre si e com a coluna vertebral, em posição ventro-dorsal, abrangendo toda a pelve até as articulações femoro-tibio-patelares, e com o animal sob sedação para melhor relaxamento muscular e consequentemente maior rigor no exame.

Torção Gástrica

A torção gástrica afeta de maneira particular os cães de raças de grande porte e que possuem ‘peito profundo’. Cães de pequeno porte também podem sofrer torções gástricas, apesar de ser extremamente raro. A causa primária é desconhecida, mas inúmeros estudos estão sendo realizados com o objetivo de definir sua genealogia.

Em determinadas circunstâncias o estômago dos cães dilata-se (ingestão de refeições muito abundantes ou rica em alimentos fermentáveis e esvaziamento insuficiente do estômago pelo piloro) e com um movimento brusco torce-se segundo seu eixo longitudinal. O piloro passa por baixo do estômago e fica numa posição por cida do cárdia, do lado esquerdo do cão No eixo torcido ficam alguns vasos sanguíneos importantes que interrompem o bombeamento do sangue para uma parte considerável do abdômen. Na realidade, o animal entra em estado de choque na medida que o conteúdo estomacal não sai nem por cima (vômito) nem por baixo (fezes).

Existem duas situações que agravam o estado do cão: o acúmulo de gases, proveniente da fermentação o conteúdo estomacal e a obstrução dos 2 orifícios do estômago: cárdia e piloro, que em situações normais promovem o alívio através do vômito ou passagem para o intestino.

O estômago dilatado, comprime a caixa toráxica originando dificuldades respiratórias e má oxigenação do sangue.

Essa dilatação/torção, envolve alterações anatômicas importantes e choque hipovolêmico pela súbita oclusão de vasos sangüíneos. Há ainda o deslocamento do baço, o que comprime a veia cava caudal fazendo baixar a pressão arterial e causando complicações na circulação das artérias que irrigam o coração, provocando arritmia.

Veja abaixo alguns dados do estudo realizado pela Universidade Perdue de Medicina Veterinária sobre a doença:

  • Tamanho: quanto maior o cão, maior o risco.
  • Conformação do tórax: cães com tórax profundo e estreito são mais suscetíveis.
  • Idade: animais mais velhos correm maior risco, especialmente após os 7 anos.
  • Base genética: se existem parentes do cão que já sofreram de torção gástrica o risco aumenta sensivelmente.
  • Personalidade: segundo o estudo, cães mais tímidos e medrosos correm mais risco que aqueles mais amigáveis ou curiosos.
Sintomas de Alerta 

Nem todos os animais desenvolvem todos os sintomas, mas é importante que o dono esteja atento ao seu aparecimento:

  • Inquietação
  • Mal-estar
  • O cão baba
  • Tentativas infrutíferas de vomitar
  • Palidez das mucosas
  • Dificuldades respiratórias
  • Perda de consciência

Tratamento

O tratamento deve ser extremamente rápido, portanto, tenha sempre à mão os telefones de seu veterinário para casos de emergência. O proprietário NÃO DEVE tentar ajudar sozinho seu cão.

A prioridade no ‘primeiro-socorro’ deve ser tratar o estado de choque e a arritimia cardíaca. Para tal, deve-se procurar descomprimir o estômago e iniciar o tratamento com soro e com a introdução de uma sonda pela boca até o estômago.

Prevenção

A principal medida preventiva diz respeito às quantidades de alimento que o cão ingere a cada refeição. Assim, recomenda-se dividir a quantidade total das refeições em 2/3 vezes ao dia, evitando sobrecarga do aparelho digestivo e evitando especialmente concentrar a alimentação no período noturno.

Deve-se evitar que os cães que comam muito rápido, uma vez que desta maneira, eles acabam enchendo o estômago de ar. Outra dica, especialmente para os que possuem cães de grande porte é evitar colocar os pratos de comida no chão. Deve-se preferir colocá-los em suportes de modo que o cão não tenha que abaixar-se muito para comer.

Uma vez que há determinação genética quanto à sensibilidade à torção gástrica, deve-se evitar acasalar cães que apresentem este problema.

O que é a piómetra?

De uma forma simplificada, a piómetra é uma infecção do útero. No entanto, a maioria dos casos de piómetra são mais difíceis de tratar que uma simples infecção.

A infecção da parede do útero ocorre devido a certas modificações hormonais. Após o estro (“cio”), os níveis de progesterona (uma das hormonas envolvidas no ciclo menstrual) permanecem elevados durante 8 a 10 semanas, provocando um espessamento da parede do útero como preparação para a gravidez. Se a gravidez não ocorrer após vários ciclos, a espessura da parede continua a aumentar até que se formam quistos no seu interior. A parede quística espessada produz fluídos que criam o ambiente ideal para o crescimento de bactérias. Além disso, os níveis elevados de progesterona inibem a capacidade de contracção dos músculos da parede do útero, conduzindo à acumulação nociva destes fluídos.

Que outras situações podem causar estas alterações no útero?

A utilização de medicamentos à base de progesterona podem provocar o mesmo fenómeno. Adicionalmente, o estrogénio (outra hormona sexual) aumenta os efeitos da progesterona sobre o útero. Medicamentos que contêm alguma destas hormonas são por vezes usados para tratar certos problemas do sistema reprodutor.

Como é que as bactérias chegam ao útero?

O cérvix é a porta de entrada do útero. Ele está quase sempre fechado, abrindo no estro. Quando está aberto, as bactérias que se encontram normalmente presentes na vagina podem entrar no útero muito facilmente. Se o útero estiver normal, o ambiente é adverso para a sobrevivência das bactérias. No entanto, quando a parede uterina está espessada e quística existem as condições ideais para o crescimento bacteriano. Além disso, quando estas circunstâncias anormais se verificam os músculos do útero não conseguem contrair-se convenientemente. Isto significa que as bactérias que entram no útero não podem ser expulsas.

Quando ocorre?

A piómetra pode ocorrer em cadelas de qualquer idade após o primeiro cio. No entanto é mais comum em cadelas mais velhas. Após vários anos de ciclos éstricos sem gestação começam a ocorrer na parede uterina as alterações que favorecem esta doença.

O momento típico para o aparecimento de piómetra ocorre 1 a 2 meses após o estro.

Quais são os sintomas duma cadela com piómetra?

Os sinais clínicos variam consoante o cérvix se encontre fechado ou aberto. Se estiver aberto, o pús acumulado no útero drenará para o exterior, notando-se um corrimento de aparência variável na vagina, na pele e pelo sob a cauda e até nos locais onde a cadela se tenha sentado ou deitado. Podem ainda notar-se febre, letargia, anorexia e depressão.

Se o cérvix estiver fechado o pús que se forma não é drenado para o exterior. Acumula-se no útero, causando distensão abdominal. As bactérias libertam toxinas que são absorvidas para a circulação. Nestes casos, as cadelas normalmente ficam gravemente doentes em pouco tempo. Perdem o apetite e ficam apáticas e deprimidas. Podem ocorrer vómitos e diarreia.

As toxinas bacterianas afectam a capacidade renal de filtrar e reter os fluídos. A produção de urina aumenta e as cadelas bebem água em excesso para compensar as perdas renais. Isto ocorre tanto nas piómetras abertas como nas fechadas.

Como é diagnosticada?

Uma cadela de aparência doente que beba demasiada água e não tenha sido esterilizada é sempre suspeita de sofrer de piómetra. Isto é especialmente válido se o abdómen estiver aumentado ou houver descarga vaginal. As cadelas com piómetra têm uma elevação marcada dos glóbulos brancos e das globulinas (um tipo de proteína produzida pelo sistema imunitário) no sangue. A densidade da urina é muito baixa devido aos efeitos tóxicos das bactérias sobre os rins. No entanto, todas estas alterações podem estar presentes em qualquer animal com uma infecção bacteriana grave.

Se o cérvix estiver fechado pode realizar-se uma radiografia para identificar o útero aumentado. Se o cérvix estiver aberto, o aumento do volume uterino não é normalmente suficiente para que a radiografia seja conclusiva. A realização de uma ecografia é de grande utilidade na identificação de um útero aumentado e na sua distinção de uma gravidez normal.

Como é tratada?

O tratamento de eleição consiste na remoção cirúrgica do útero e dos ovários. Este procedimento chama-se ovario-histerectomia (esterilização). No entanto, a maioria dos pacientes está gravemente doente e a cirurgia não é tão rotineira como numa cadela saudável. Geralmente é necessário estabilizar o paciente através da administração de fluidoterapia intravenosa antes e após a cirurgia. Adicionalmente, é realizada antibioterapia durante 1 a 2 semanas.

A minha cadela é uma reprodutora valiosa. É possível tratá-la sem a esterilizar?

Existe uma abordagem médica ao tratamento da piómetra. As prostaglandinas são um grupo de hormonas que diminuem os níveis sanguíneos de progesterona, promovem o relaxamento e abertura do cérvix e a contracção do útero de modo a expelir as bactérias e o pús. Podem usar-se para tratar esta doença, mas nem sempre este tratamento é bem sucedido e existem algumas limitações importantes à sua utilização:

1. Causam os seguintes efeitos secundários: agitação, respiração acelerada, náusea, vómito, defecação, salivação e dor abdominal. Estes efeitos manifestam-se cerca de 15 minutos após a injecção e duram algumas horas. Tornam-se progressivamente mais ligeiros com cada injecção subsequente e podem ser reduzidos passeando a cadela durante 30 minutos após a injecção.

2. Não ocorrem melhoras clinicamente relevantes nas primeiras 48 horas e por isso as cadelas que se encontrem severamente doentes são más candidatas a este tratamento.

3. Como provocam a contracção do útero, existe o risco de ruptura da parede uterina e disseminação da infecção para a cavidade abdominal. Isto é particularmente provável quando o cérvix se encontra fechado.

Existem alguns dados estatísticos importantes que deve conhecer acerca desta forma de
tratamento:

1. A taxa de sucesso no tratamento de piómetra aberta é de 75-90%.
2. A taxa de sucesso no tratamento de piómetra fechada é de 25-40%.
3. O risco de recidiva da doença é de 50-75%.
4. As hipóteses de sucesso num cruzamento subsequente são de 50-75%.

O que acontece se nenhum dos tratamentos anteriormente descritos for realizado?

As hipóteses de sucesso num tratamento de piómetra sem recurso à cirurgia ou à administração de prostaglandinas são extremamente baixas. Se o tratamento adequado não for realizado rapidamente os efeitos tóxicos bacterianos serão fatais. Se o cérvix estiver fechado é possível ocorrer a ruptura do útero, disseminando-se a infecção à cavidade abdominal e estabelecendo-se uma peritonite. Isto também será fatal.

Utéro com piometra sendo removido cirurgicamente

Míase (bicheira)

A míase é uma parasitose devido às larvas de diversas moscas que põem ovos numa ferida cutânea ou num canal natural (nariz, ouvido, pénis, ânus). A maioria das vezes tropicais, as míases podem revestir diversas formas: míase serpiginosa cutânea, hipodermose acompanhada por sintomas gerais, míase furunculosa e mais raramente míase ocular.

Nesta época de verão, onde as temperaturas atingem graus óptimos na proliferação de moscas, é muito frequente surgirem casos de míases.

Apelamos a uma redobrada vigilância ao vosso animal de estimação, não menosprezando em caso algum, pequenas feridas cutâneas.

Aumentar a frequência dos banhos e limpeza de pêlo.

Prevenir esta enfermidade, é sempre pouco. O tratamento é dispendioso, e, em alguns casos, já tivemos muitas casos onde foi necessário ocorrer à eutanásia.

Região perianal, consequente à uma diarreia. Ao levantar a cauda, foi visível a grande extensão da ferida, repleta de míases

Sob tranquilização: tricotomia, limpeza e desinfecção da zona afectada

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Erliquiose Canina (Doença do Carrapato)

A erliquiose é uma enfermidade parasitária que acomete cães de todas as raças e idades. Foi descrito pela primeira vez no Brasil em 1973 (Costa et al.) e nos últimos anos vem apresentando um aumento significativo no número de animais infectados em várias regiões do Brasil e do mundo. É considerada uma zoonose, isto é, doença que pode ser transmitida dos animais para os homens.
Sua transmissão ocorre principalmente por meio da picada do carrapato vermelho dos cães, Rhipicephalus sanguineus, infectados com Ehrlichia canis.
O período de maior incidência é durante a primavera e o verão, onde as condições climáticas favorecem a proliferação dos carrapatos, podendo, todavia, ocorrer infecção em outras épocas do ano.
Sabe-se que o cão pode estar infectado com Ehrlichia canis e não apresentar nenhum sintoma clínico durante semanas e até por anos, entretanto, ele é um portador e disseminador da doença.
Se o cão for exposto ao carrapato, o risco de Erliquiose existe.
Os sinais clínicos da Erliquiose estão divididos em três fases:

Fase I: Aguda (início da infecção)
Pode durar de 2 a 4 semanas.
Sinais clínicos e sintomas:
– Febre (39,5 a 41,5 ºC)
– Fraqueza muscular
– Letargia
– Perda de apetite
– Perda de peso
– Petéquias hemorrágicas
– Secreção nasal purulenta
– Tremores musculares
– Relutância em movimentar-se

Fase II: sub-aguda (Assintomática)
Pode durar meses ou anos. Ocasionalmente passa despercebida pelo proprietário.

Fase III: crônica
Sinais e sintomas:
– Febre (39,5 a 41,5 ºC)
– Apatia
– Perda de apetite
– Perda de peso
– Fraqueza muscular
– Secreção nasal e ocular
– Emaciação e aumento do baço
– Astenia
– Edema de membros
– Hemorragias
– Hifema
– Uveítes
– Opacidade de córnea
– Palidez de mucosa
– Susceptibilidade a doenças secundárias
– Linfoadenopatia
– Ulcerações de mucosas
– Susceptibilidade à infecção secundária
– Convulsões

Diagnóstico
Na fase inicial, a doença é de difícil diagnóstico, pois os testes podem apresentar resultados falsos e os sinais clínicos são inespecíficos.
Por isso, o diagnóstico deve ser baseado na suspeita clínica, histórico de presença de carrapato e será confirmado por testes laboratorias, como o Esfregaço Sangüíneo, onde se verifica a presença do hemoparasita no sangue, porém este método de diagnóstico se torna difícil devido à dificuldade de visualização das rickettsias intracelulares; o teste Imunofluorescência Indireta, detecta a presença de anticorpos, sendo, portanto o teste de maior confiabilidade no resultado.

Agente Etiológico
A Ehrlichia canis é um microrganismo intracelular obrigatório, Gram-negativo, pertencente à família das Rickettsiaceae, do gênero Ehrlichia.
É um microrganismo que parasita obrigatoriamente os leucócitos (células brancas) dos animais, onde ocorre a sua replicação. Tem como hospedeiro primário os artrópodes (carrapato) e como hospedeiro secundário os vertebrados, causando a Erliquiose. Este tipo de rickettsia acomete os canídeos, eqüídeos, ruminantes, homens e raramente os felinos.
O ciclo de vida deste microrganismo não está totalmente descrito, mas sabe-se que os estágios de desenvolvimento são iguais nos animais e nos carrapatos, onde ocorre a multiplicação da Ehrlichia canis nos hematócitos e nas células das glândulas salivares (Lewis et al, 1977, citado por Corrêa e Corrêa, 1992).

Contaminação
A contaminação ocorre principalmente por meio do carrapato Rhipicephalus sanguineus, que tem grande importância epidemiológica por ser cosmopolita e o principal reservatório da doença. Este carrapato é um típico parasita de três hospedeiros, isto é, durante as fases de sua evolução (larva, ninfa e adulto), ele pode parasitar três animais diferentes e as mudas de fase ocorrem fora do corpo do hospedeiro, facilitando a transmissão da doença. O carrapato é contaminado quando se alimenta do sangue de um cão portador de Ehrlichia canis, e este agente se multiplica no interior do carrapato mantendo-se vivo por até 5 meses. O carrapato passa a transmitir a Ehrlichia canis 3 a 5 dias após a sua contaminação.
Este carrapato pica um animal sadio, e durante a picada, libera no local, secreções salivares que contêm a Ehrlichia canis, infectando o animal.

Cão com infestação de carrapatos em uma das orelhas

O período de incubação varia de 7 a 21 dias, e passa para a fase aguda que dura de 2 a 4 semanas.
Pode ocorrer também a infecção por meio de transfusão sangüínea, de instrumentais, agulhas contaminadas e via transplacentária.
O agente se multiplica nos órgãos do sistema mononuclear fagocítico (fígado, baço e linfonodos). Os monócitos ligam-se às células Endoteliais dando início à vasculite. A destruição das plaquetas e a persistente trombocitopenia tende a hemorragias em membranas, mucosas, ou em qualquer outro sistema orgânico.
A anemia ocorre devido à leucopenia na fase aguda e à hipoplasia da medula óssea na fase crônica.

Tratamento
Dentre os protocolos existentes para o tratamento da erliquiose canina, o antibiótico de eleição é a Doxiciclina (Doxifin Comprimidos), um antibiótico bacteriostático da família das Tetraciclinas que atua em todos os estágios da Erliquiose canina.
O tratamento pode variar de acordo com a fase e o estado em que o animal se encontra e a dose recomendada pode variar de 5 a 11 mg/kg de peso corporal, duas vezes ao dia, sendo no mínimo 14 a 21 dias de tratamento na fase crônica e até 8 semanas na fase aguda.
Pode ser realizado tratamento de suporte à base de fluidoterapia principalmente em casos crônicos e corticóides para animais em quadros de trombocitopenia e, em alguns casos, faz-se necessária a transfusão sangüínea.
Alguns autores recomendam prolongar o tratamento por mais de 6 semanas nos casos de erliquiose subclínica (HARRUS et al., 1998).

Doxifin comprimidos
– Medicamento de eleição para o tratamento de erliquiose canina. Apresenta um alto nível de cura com dosagens terapêuticas menores que outros medicamentos.
– Alto grau de lipossolubilidade, ampla distribuição pelo organismo e alta taxa de absorção.
– Pode ser administrado junto à alimentação.
– Pode ser administrado em animais idosos e/ou com insuficiência renal.

Prevenção
– A prevenção é feita por meio do controle dos carrapatos no animal e no ambiente com o uso de carrapaticidas seguros e de baixa toxicidade.
– Animais de pêlos longos em períodos de muito calor podem ser tosados para facilitar o controle de parasitas.
– Tratamento imediato dos animais doentes.

Prognóstico
O prognóstico será favorável para os cães que se encontram na fase aguda e reservado para cães que estão na fase crônica, pois nesta fase o animal
poderá apresentar supressão da medula óssea e diminuição das células sangüíneas, não respondendo devidamente ao tratamento.
Sendo assim, ao se suspeitar de Erliquiose canina deve-se iniciar o tratamento imediatamente.
– O tratamento deve ser iniciado o mais rápido possível.
– Repetir o hemograma durante e após o tratamento.
– Manter o animal em repouso.
– Manter alimentação normal e água à vontade.
– Pode ser feita uma suplementação vitamínico-mineral.
– Efetuar um bom controle de carrapato no ambiente e no animal.


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Cuidados

Iniciais

Quando filhotes, evite ao máximo passeios na rua antes de todas as vacinas serem aplicadas, pois a incidência de doenças é muito comum em cães pequenos e ainda não imunizados por completo. Se for necessário realizar passeios, procure realizar passeios curtos e em áreas de menor movimento. Um complemento vitamínico e um reforço de cálcio normalmente são recomendados pelos veterinário, mas não os dê por conta própria. Procure o veterinário que irá lhe indicar, caso necessite, as doses corretas.

Ninhada de filhotes da raça Chow Chow

Socialização

Ainda quando pequenos, deve-se inciar a socialização do cãozinho, pois esta raça tende a ser muito reservada com estranhos. Sempre que chegar visitas deixe-os chegar perto, tocar, fazer carinho no filhote, e após todas as vacinas completadas, passeie com ele para se acostumar com pessoas.

1º passeio, um passo importante para o início da socialização

Pele

As doenças de pele (Hots Spots) são uma das causas de maior dor de cabeça para os donos, pois depois de se instalarem dificilmente são curadas rapidamente, mas com persistência e rigoroso cuidado com a medicação recomendada pelo veterinário, se alcança o controle. Como prevenção, existem alguns cuidados:
1) a comida deve estar bem balanceada para o Chow;
2) a escovação regular do denso casaco de pêlos;
3) a higiêne do local onde vivem também é fundamental tanto para a boa saúde do cão quanto para a do dono.
4) Seque bem o pêlo do chow. Nunca deixe o subpêlo úmido, pois é assim que começam os Hots Spots.

hotspot

Durante o Verão

O verão rigoroso do Brasil provoca algumas mudanças naturais na pelagem. Normalmente os chows se preparam para a estação quente perdendo um pouco do sub-pêlo, mas consideramos um erro a tosa com o intuito de refrescá-lo. Os casos que observamos de tosa de verão, acabaram criando mais desconforto ao animal e em alguns casos, algumas doenças de pele. Eu particularmente sou contra, até hoje em nossa criação só tivemos um caso de tosa, devido muitos problemas de pele, optamos pela tosa durante o Verão.

Tosa do Chow Chow

O pêlo espesso do chow é uma proteção natural da pele e também um isolamento contra o calor externo, pois embaixo de sua capa, se mantém a temperatura ideal, às vezes mais baixa que o ambiente.

O importante é manter o arejamento e a possibilidade do cão alternar entre sol e sombra, pois eles sabem se cuidar.

Embora alguns veterinários até recomendem, nossa experiência mostra que se deve evitar a tosa de verão mantendo-se o animal com seu pêlo natural em todas as estações, mesmo em regiões quentes, como a Amazônia e o Pantanal, observando mais de perto o acometimento de parasitas, como sarnas, carrapatos e pulgas, mais ativos no verão e nas regiões quentes comentadas.

Chow Chow Tosado

Praia

O ambiente de praia é totalmente impróprio para os chows chows, não só pelo calor excessivo, mas principalmente pela possibilidade de infecção por fungos e bactérias. Temos registro de um animal que acompanhou o dono em banho de mar, ficando com a pelagem totalmente comprometida permanentemente.

Nos casos graves, a repilagem dos chows é muito difícil. Este mesmo animal do exemplo acima, sofreu um hot spot fortíssimo na cauda, seguido de ferimento de stress auto provocado, que culminou em gangrena e necessidade de amputação.

Portanto, se tiver que levar um chow chow à praia, é melhor deixá-lo bem longe da água do mar e de rios.

Higiene

Quando você der banho, lembre-se de não deixar cair água na orelha do seu cão, coloque algodão para evitar isso. Evite banho em filhotes antes dos 3 meses de idade, em Pet Shop’s ou Clínicas Veterinárias, locais onde a movimentação de cães é constante podendo então expor o seu filhotinho ainda não vacinado completamente a certas doenças contagiosas… No tratamento anti-pulgas tenha cuidados com talcos, shampoos, sabonetes,… Prefira tratamentos de longo prazo, como Frontline, Revolution ou Program, e lembre-se: a pulga vive a maior parte do tempo perto do cão, e não no cão. Use o Frontline 3 dias antes do banho ou 3 dias após o banho, o sub-pêlo do chow chow demora muito para a completa secagem. Deixe seu ambiente sempre limpo. Os chows são cães que não gostam de viver em ambientes sujos, são naturalmente limpos.

Exemplo de Frontline usado em cães da raça Chow Chow

Liderança

Problemas de comportamento também devem ser evitados, nunca deixe que o cão o “conquiste”, pois aí o papel de dono e de cão se inverterão, e os Chows sempre tentarão invertê-los. Deixe claro quem manda e não estranhe a resistência que virá da parte deles. Seja enérgico e claro pra eles.

Alimentação

Os filhotes devem ser alimentados de 4 à 5 vezes ao dia até 6 meses, a partir dai, esse número deve diminuir gradualmente até 2 refeições (pela manhã e ao entardecer). Uma única refeição por dia é prejudicial ao animal.
A melhor opção de alimentação é a ração de boa qualidade, uma raçao Super Premium. Comida caseira pode gerar problemas de pele e obesidade, além de problemas dentários.
Mantenha um prato para comida e uma tigela para água só dele. Habitue seu cão a comer em horas certas, sirva comida e a retire posteriormente, mesmo que ele não tenha comido tudo, impedindo assim que a comida estrague e venha a provocar diarréias ou atraia baratas e formigas.

Ração Super Premiun para Filhotes

Ração Super Premiun para Cães Adultos

Suplementos

Além de comida adequada seu cão pode necessitar de suplementos de cálcio, vitaminas, remédio de vermes, vacinas e exercícios regulares. Consulte seu veterinário, ele lhe indicará as doses e o período necessário. Nunca esqueça das vacinas, pois é a garantia de saúde contra as principais doenças infecto-contagiosas.

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Gestação e nascimento

Gestação e Nascimento

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O chow chow chama muita atenção por sua esplêndida pelagem e sua linguinha roxa escura, porém quando ele nasce não possui nenhuma pelagem longa e nem a linguinha roxa. São todos com a língua rosada que vai sendo pigmentada a medida que os dias após o nascimento passam.

A gestação nas cadelas, dura em torno de 55 a 65 dias, ou seja, de sete a nove semanas. O que vai depende de fatores, como o número e tamanho dos filhotes. A ultra-sonografia confirma a gestação, mostra o número de fetos e sua posição no útero, e ainda é importante ferramenta para acompanhar o desenvolvimento dos filhotes.

30 dias – Pode ser feito diagnóstico através de palpação
35 dias – Observa-se o desenvolvimento das glândulas mamarias, que ficam rosadas e túrgidas. Aumento acentuado de peso
40 dias – Abdome está maior
45 dias – Radiografia evidencia ossos da cabeça, vértebras, costelas e ossos longos dos membros
49 dias – A cabeça dos fetos é palpável e há grande aumento nas glândulas mamarias

A partir da 8ª semana de gestação (56 dias), o movimento dos filhotes já pode ser visto quando a cadela está deitada. Os filhotes já podem nascer de forma segura.

Nas três últimas semanas – média de 40 dias de gestação
A alimentação deve ser reforçada. Eu como criadora recomendo e uso uma ração balanceada Super Premium, de ótima qualidade para filhotes e fêmeas em gestação, é a melhor forma de garantir os nutrientes necessários, sem os suplementos extras. Durante a gestação, devido a ação do hormônio progesterona, o tempo de esvaziamento gástrico da cadela aumenta. Mas, ao mesmo tempo, a mobilidade gástrica diminui conforme o estômago é deslocado pelo útero em crescimento. Portanto o ideal é que se forneça a alimentação em pequenas porções, várias vezes ao dia, facilitando a digestão. Deixe água a vontade para sua fêmea em estado de prenhez.

Duas semanas antes do parto – média de 46 dias de gestação
Prepare o local que a cadela irá ter seus filhotes. Estimule-a a deitar e dormir nele. Isso a deixará mais segura na hora do parto.

Uma semana antes do parto – média de 53 dias de gestação
É comum, nas fêmeas em primeira gestação, ocorrer secreção aquosa nas glândulas mamarias. É normal que no final da gestação a cadela perca o apetite, principalmente quando está próximo da hora do parto.

Esteja com tudo preparado:
• A caixa ou local para a cadela ter seus filhotes
• Jornais para manter o local limpo durante o trabalho de parto
• Lixeira para os jornais sujos e materiais que serão usados durante o parto
• Separe uma caixa menor, forrada com toalha macia, para colocar os filhotes enquanto a mãe está em trabalho de parto dos demais.
• Relógio para controlar o tempo de parto
• Caso esteja frio, coloque um abajur ou instalação elétrica, com uma lâmpada de 100w próxima a caixa dos filhotes
• Caso esteja calor, coloque um ventilador para a mãe
• Fio dental e tesoura, afiada e esterilizada, para amarrar e cortar os cordões umbilicais.
• Anti-séptico para desinfetar o cordão umbilical cortado
• Toalhas e panos macios para serem trocados duas vezes ou mais ao dia, na caixa ou abrigo da mãe e filhotes.

A hora está chegando

Os primeiros sinais aparecem nas 48 horas antes do parto, quando começa a produção de colostro pelas glândulas mamarias e a fêmea faz um “ninho”. A descarga vaginal acontece algumas horas antes. E então a temperatura aumenta um grau, sendo que a temperatura normal do cão é em torno de 38,9 a 39,9 graus. É bom entrar em contato com o seu veterinário e deixá-lo de sobreaviso, caso você precise de ajuda. Quando chega a hora do parto as fêmeas demonstram desconforto. Elas não encontram posição para se deitar e dormir. Respiram de forma acelerada como se estivessem com dor. Lambem e olham para a vulva. Recusam a comida e procuram o seu “ninho”. As contrações podem ser observadas nos músculos das costas, num movimento descendente. Se ela quiser sair e caminhar vá junto. Não deixe sua cadela sozinha durante o trabalho de parto, isso é muito importante. Caminhar ajuda no trabalho de parto, mas é preciso sempre estar atento para que nenhum filhote nasça no chão e ninguém veja. Principalmente se estiver escuro. Após o começo das contrações pode levar até 4h para a saída do primeiro filhote. Se até esse tempo nenhum filhote nascer, procure logo seu veterinário. É importante observar o comportamento da fêmea – presença de contrações, estado geral da mãe e dos filhotes ao nascerem. Qualquer sinal de apatia, falta de contrações uterinas ou contrações sem a saída do feto indica problemas e o veterinário deve ser procurado imediatamente. Entre as causas de atonia de útero estão: insuficiência de cálcio, déficit energético, fetos muito grandes e obesidade, partos muito prolongados. O intervalo entre os nascimentos pode ser de 15 minutos à uma hora, mais do que isso chame o seu veterinário.

O trabalho de parto
Para a saída do filhote, a bolsa de água aparece e normalmente se rompe, então o filhote sai de dentro dela. A placenta pode ou não se soltar nessa hora. Nunca puxe o filhote, porque você poderá causar nele uma hérnia umbilical. Espere ela se soltar. Se a mãe não cortar o cordão você terá que fazê-lo, usando fio dental e tesoura esterilizada. Depois passe um anti-séptico, como iodo. Importante também é contar o número de placentas. Elas devem corresponder ao número de filhotes, caso não ocorrer é porque houve retenção. E precisa ser tratado, pois a mãe corre o risco de ter uma séria infecção uterina.

Recepção dos filhotes

Você pode ajudá-la a limpar os filhotes com uma toalhinha macia, enxugando-os até que chorem. Esfregá-los, ao mesmo tempo em que limpa ajuda a estimular a respiração. Se isso não fizer o filhote respirar e chorar, segure-o firme de cabeça para baixo, protegendo sua cabeça e pescoço, e balance-o. A força centrífuga irá ajudar a retirar o muco da garganta e narinas dele, para que ele possa respirar. No intervalo entre os nascimentos, deixe os filhotes mamarem o colostro, pois é muito importante para a saúde e imunidade contra infecções, e ainda ajuda nas contrações e no trabalho de parto da mãe. Quando as contrações recomeçarem, tenha atenção para que a cadela durante o nascimento dos outros filhotes não faça nenhum movimento brusco podendo assim machucar os já recém nascidos.

Depois do parto
• A cadela se acalma, sua respiração volta ao normal e param as contrações
• Limpe tudo, passe um pano úmido na cadela para limpá-la e fazê-la se sentir melhor
• Alimentação ideal pós-parto deve ser leve e líquida – ofereça água e algo como caldo de galinha com arroz
• A cadela deve ficar com os seus filhotes em local calmo e tranqüilo
• Temperatura ambiente constante por volta de 32 graus e sem correntes de vento
• Nos dias seguintes, o alimento deve continuar a ser balanceado e fortalecido – há rações próprias para aleitamento, nos mercados e Pet Shops.
• Deve-se oferecer também bastante água fresca para ajudar na produção de leite
• A mãe deve ficar sempre junta dos filhotes para lhes fornecer calor
• É bom observar se ela toma o cuidado de não sentar ou deitar sobre eles

As mães de primeira viagem podem ficar confusas durante e após o parto. Você precisará ter firmeza, paciência e muito carinho com ela, ajudando no parto, no cuidado com os filhotes e na amamentação.

Primeiras horas e dias
24 horas: É muito importante que todos os filhotes recebam o colostro e sejam examinados pelo veterinário.
Após 24 a 48 horas: A secreção vaginal pós-parto começa a diminuir e a clarear.
8 a 10 dias: olhos abrem
3 a 17 dias: início da audição

Curiosidades
• O filhote é expulso, ainda envolvido na bolsa amniótica
• A mãe abre a bolsa com os dentes e puxa-a para baixo
• A cadela corta o cordão umbilical e lambe o filhote
• Ao lambe-lo, estimula a circulação
• Os filhotes encontram os mamilos da mãe por instinto

Ninhada de Chow Chow recém nascidos

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Características

O Chow-Chow é independente, fiel, embora reservado, ciumento, porém possui todas as qualidades de um cão de companhia, aliadas as peculiaridades dos cães asiáticos, ou seja, não são muitos efusivos, extremamente limpos, não latem a toa, muito apegados ao dono, capaz de morrer por ele, porém somente por ele.

Tamanhos: Macho entre 48 cm e 56 cm; Fêmea entre 46 cm e 51 cm
Todos medidos da cernelha.
Peso: média entre 25 a 40 quilos.

Pelagem – existem dois tipos diferentes de pelagem, ambas com pêlo e subpêlo. Alguns com pêlos mais duro, liso, curto, espesso e áspero; outros com pêlos denso, cheio e macio.
Cores: o Chow-Chow possui no padrão 05 cores: vermelha, preta, canela, azul e creme. O dourado não é uma cor definida pelo padrão, embora seja mencionada como sendo uma cor diferenciada. O vermelho pode ser intenso (mogno) até bem suave (bege bem claro), quando adquiri a coloração mais clara é normalmente de dourada. A cor canela também possui grande variação de tonalidade e muitas vezes também é chamada erroneamente de dourada. O creme possui pouca variação de tonalidade, nas orelhas possuem coloração amendoada. Os Chow-Chows devem ter cor sólidas, ou seja, não pode haver manchas de outras cores, porém áreas mais claras da mesma cor são admitidas.

Chow Chow pêlo Longo - Cor Vermelho

Chow Chow pêlo Curto - Cor Vermelho

Chow Chow pêlo Longo - Cor Preto

Chow Chow pêlo Curto - Cor Preto

Chow Chow pêlo Longo - Cor Canela

Chow Chow pêlo Curto - Cor Canela

Chow Chow pêlo Longo - Cor Blu

Chow Chow pêlo Curto - Cor Blu

Chow Chow pêlo Longo - Cor Creme

Chow Chow pêlo Curto - Cor Creme

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A Raça

Origem

O Chow Chow é uma raça com mais de 2.000 anos, muitas autoridades acreditam que a raça pode ultrapassar essa idade de existência. A raça provavelmente se originou, como se afirma a teoria popular, como um resultado do cruzamento do Mastiff antigo do Tibete e do Samoieda, uma raça originária do norte da Sibéria. Refutação desta teoria reside no fato de que o Chow possui uma língua azul-preto, levando alguns a sustentar que a comida é a raça básica por trás dos antepassados do Samoieda, o Elkhound Norueguês, o Keeshond e o Lulu da Pomerânia.

Tibetan Mastiff

Samoieda

Elkhound Norueguês

Keeshond

Lulu da Pomerânia

Embora hoje o Chow é um animal de estimação na moda e cão de guarda, no desenvolvimento inicial da raça ele sempre foi identificado como um cão de caça.

De fato, um baixo-relevo foi descoberto não muito tempo atrás a partir da Dinastia Han (150 aC), período que representa a comida como um cão de caça. Ao longo da história desta raça de um cachorro que usa executar a gama do trabalho feito por quase todas as outras raças reconhecidas.

Filhote nascido em nosso canil

Sem dúvida o Chow Chow é de origem norte distante, mas ele sempre foi encontrada em maior número no sul da China, particularmente no distrito de centramento sobre Cantão, onde é considerada indígena. O nome “Chow Chow” tem pouca base para a sua origem na China, acredita-se que a expressão evoluiu a partir do termo pidgin-Inglês para artigos trazidos a partir de qualquer parte do Império Oriental durante a última parte do século 18. Significava bugigangas ou velharias, curiosidades, incluindo, como estatuetas de porcelana e marfim, e finalmente o que é descrito hoje como “picles”, seja da variedade comestível ou não. (É um fato infeliz da história da comida é que a raça foi muitas vezes utilizado como alimento na China, com o brasão da variedade de pêlo longo, por vezes sendo usado como roupa.) Foi muito mais fácil para o capitão de um navio à vela para escrever “chow chow” do que era para descrever os vários itens de sua carga. Então, no tempo, a expressão passou a incluir o cão.

A importação de Chows para a Inglaterra começou há cerca de 1880, a raça começou em direção a sua atual popularidade depois que a rainha Victoria se interessou por este “Wild Dog of China”, como era chamado, quando em exposição no zoológico de Londres. O clube de primeira especialidade foi formado na Inglaterra em 1895. A raça foi exibida pela primeira vez nos Estados Unidos em 1890. O American Kennel Club reconheceu oficialmente a raça em 1903. O Chow Chow Club of America foi admitido como membro do clube AKC em 1906.

O Chow Chow

Chow Chow

é indiferente de forma geral, mas com os membros humanos da família, ele é extremamente protetor e fiel, embora ele tem uma tendência para ser um cão de um homem só.

A sua capacidade de afecto, muito real e profunda, é pouco manifestada. O seu gosto pela independência é muito pronunciado. É esse caracter independente, distante e altivo que o faz parecer-se com o leão, com o gato e com o urso, cujas personalidades tanto fascinam algumas pessoas! O aspecto bonacheirão do chow-chow nada tem a ver com o seu temperamento: antes de obedecer, pensa duas vezes! Não se pode ser brusco com ele e muito menos bruto, pois não é cão que perdoe esse tipo de atitudes. Diz-se com toda a razão que é “cão daqueles que não suportam as conquistas fáceis” e como disse o Dr. Mery, “se alguém quiser um cão, não escolha um chow-chow”.
Viver com um destes animais ao longo de dez anos é uma experiência que não se esquece com facilidade e muitos poucos donos de chow-chow mudam de raça.

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